A modelagem matemática constitui-se em um instrumento comprovadamente eficaz nas áreas de projeto de novas instalações e otimização de circuitos existentes de processamento de minérios. A literatura técnica especializada, principalmente estrangeira, é pródiga em exemplos de aplicações, das mais variadas, e consequentes benefícios obtidos.
No Brasil, trata-se de um campo emergente com vasto potencial de aplicações, carecendo entretanto de profissionais com um conhecimento mínimo necessário para utilização correta destas técnicas, fato este que compromete seriamente a credibilidade que o assunto merece. Nesse sentido, a consolidação de um núcleo inteiramente dedicado a capacitar engenheiros de minas nesse campo, traz como benefícios significativos a formação de profissionais que atuam na nossa á¡rea. Esse laboratório visa contribuir para a introdução de técnicas de modelagem matemática e simulação de processamento no ensino em níveis de graduação e pós-graduação, formação de pesquisadores no assunto, bem como a aplicação em cujas empresas estejam interessadas em dar suporte às atividades do LSC.
A área de controle de processamento mineral experimentou um caminho diferente da modelagem matemática, já que atingiu um período de apogeu há cerca de uma década e meia no Brasil. Entretanto, devido a uma série de fatores e circunstâncias adversas, houve um declínio substancial da atividade específica, com um consequente esvaziamento de profissionais experientes atuantes nesse campo. Hoje a situação aponta para uma reversão, embora ainda tímida, desse processo. Esse prognóstico é corroborado pelo fato de que a grande maioria das principais usinas de tratamento de minérios, encontradas nos países líderes da produção de bens minerais, caso da África do Sul, Austrália, Canadá, Estados Unidos e países da Escandinávia, contam com sofisticada instrumentação e complexos sistemas de controle de seu processo. Os benefícios obtidos são plenamente mensuráveis, comprovando de forma concreta os investimentos feitos na capacitação de profissionais.
Tratam-se portanto de duas áreas com substancial potencial de crescimento em um futuro próximo no nosso país.
O LSC conta com apoio e cooperação do “JKMRC- Julius Kruttschnitt Mineral Research Centre”, da Universidade de Queensland, Austrália. Trata-se de uma instituição líder em pesquisa e aplicação industriais de métodos avançados em tratamento de minérios.
Áreas de Atuação
Seu objetivo principal consiste no estabelecimento de um centro de excelência dedicado ao estudo, pesquisa, aplicação e ensino das técnicas de modelagem matemática, simulação e controle de processos de tratamento de minérios.
Infra-estrutura
O LSC conta com área física no prédio do PMI destinada às instalações empregadas no ensino e pesquisa. Essa área está destinada a abrigar os estagiários e pesquisadores do laboratório, além de computadores e equipamentos acessórios, que se fizerem necessários. Pretende-se elaborar projetos específicos para encaminhamento as agências financiadoras, no sentido de ampliar a estrutura física do LSC, composta por mobiliário, computadores, impressoras, etc., além de programas para simulação e controle hoje encontrados no mercado.
A área de modelagem de processos conta atualmente com dois equipamentos necessários à caracterização de amostras, quais sejam, o “Drop Weight Tester – DWT” e o moinho para tamboramento. Esses equipamentos estão instalados em área do LSC, contida em um anexo ao LTM. O LSC conta com estreito programa de colaboração com o LTM, de forma a evitar a duplicidade de equipamentos.
A área de controle de processos deverá contar com equipamentos próprios que possibilite investigar a aplicação de instrumentos de medida e estratégias de controle e/ou produção, sob diferentes modelos hierárquicos do fluxo de informação do processo/operação. O LSC conta com o apoio e participação ativa do Prof. Eldon A. Masini na área de controle de processos.
O LSC deverá contar com pessoal especializado, sendo prevista as contratações progressivas de estagiários e um técnico de nível médio, além de bolsas de estudos para alunos de pós-graduação e, em estágios mais adiantados, pesquisadores dedicados ao LSC. Os recursos necessários para a remuneração dessa equipe deverão ser oriundos de duas fontes, a saber: bolsas de estudos de agências financiadoras governamentais e recursos provenientes das empresas interessadas em manter vínculos de pesquisa e extensão com o LSC .